Uma
unidade local do Corpo de Bombeiros: um anseio antigo dos
curraisnovenses, que não tem jeito de ser atendido, fez falta na
madrugada desta terça (10). Por volta das 2:30h, um provável curto,
provocou um incêndio de grandes proporções na residência da catadora
Marluce Pereira, moradora da rua Vereador Silvino Araújo, próximo a
feira livre, em Currais Novos.
De acordo com o PM Eronides,
vizinhos da residência assustados acionaram a Polícia Militar. “Quando
chegamos o fogo já estava alto, liguei a sirene para acordar os vizinhos
e sai batendo em porta e porta para pedir ajuda, para apagar”, disse. E
a solidariedade dos vizinhos foi quem evitou uma tragédia. Na casa
estava dona Marluce, que mora sozinha; e nos fundos, sua irmã Marlene,
com a família, entre os membros, uma filha de 32 anos, com necessidades
especiais. “Quando meu vizinho gritou, o fogo já tinha começado, os
meninos conseguiram correr, e eu tive que pular o muro, porque não tinha
mais como sair, o fogo já estava alto”, explicou a irmã.
Dois
proprietários de carros pipas da cidade trouxeram água, e com a ajuda de
bombeiros, que chegaram três horas depois, sem o caminhão-pipa da
unidade, conseguiram controlar as chamas. Vizinhos disseram que o
incêndio era uma tragédia anunciada. Na residência incendiada funcionava
uma espécie de depósito de material reciclado.
Graças a
agilidade dos vizinhos ninguém se feriu, mas a perda da moradora foi
total. Inclusive a casa, que era herança da mãe, terá que ser demolida,
para alívios dos moradores da rua. “A gente vivia assustada, pedia a ela
para tirar essas coisas daí, mas ela achava que a gente queria seu
mal”, disse dona Lindalva Alves, moradora da frente. Somente às 6:30h da
manhã, quatro horas depois, é que o caminhão-pipa do Corpo de Bombeiros
chegou ao local do incêndio, vindo de Caicó.
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